Praxe Violenta - o que acho disto tudo

Começou hoje, em Santarém, o julgamento de sete veteranos da Escola Superior Agrária, escola da qual me orgulho poder dizer que faço parte.
Não conheço todos os que estão a ser julgados, mas, conhecendo uns ou outros, posso dizer sem a menor dúvida que não são os monstros que querem fazer deles. Se calhar, quem dera a muitos serem metade do que aquelas pessoas são.
Não conheço a rapariga que os acusa, mas gostava de conhecer. Gostava que ela me olhasse nos olhos e dissesse na cara o porquê disto tudo. As praxes ao longo dos anos vão mudando, é certo, e sim, há coisas que são tradição nesta escola. Agora pergunto-me, praxada em Outubro, queixa-se em Março/Abril? Foi preciso quase meio ano para chegar a conclusão que as praxes a afectaram? Ela la sabe o tempo que precisou para acentar ideias, não vou discutir.
Mas acho que tudo isto está a tomar uma proporção preocupante. Ouvem-se as notícias, em que os jornalistas já têm a opinião pré-formada de quem tem razão nesta história toda, em que só se ouve um lado da história.
Não estava lá, não vi o que aconteceu, mas não me parece que tenha sido bem assim.
Sei que conheço quem está a ser julgado e sei que são pessoas em quem confio e de quem gosto, pessoas que respeito. Excelentes pessoas q me marcaram pela positiva, alguns que me praxaram e, meus amigos, pelos quais não me importava de voltar a ser praxada.
Revolta-me ler comentários em notícias de pessoas que chamam de "bárbaros" e "ignorantes" pessoas que não conhecem, que dizem que não são gente. Pois se calhar, são mais gente do que os meninos e meninas que dizem estas coisas, e que falam sem saber.

Ao alto, ao alto Charruas!!!